
A Economia do Mar representou 20,3% do Valor Acrescentado Bruto (VAB) nacional em 2023, o que corresponde a um aumento de 1,8 pontos percentuais face ao ano anterior, segundo dados divulgados esta quarta-feira, 5 de novembro, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
De acordo com o comunicado, o Produto Interno Bruto (PIB) ligado às atividades marítimas atingiu 20,1% do total nacional, um crescimento de 2,0 pontos percentuais em relação a 2022. O peso dos impostos líquidos de subsídios sobre produtos associados à Economia do Mar também subiu 3,5 pontos percentuais face ao ano anterior, acompanhando a tendência de crescimento do setor.
No que tange as remunerações, registaram igualmente uma evolução positiva, passando de 14,8% em 2022 para 16,1% do total nacional em 2023. Já o Número de Pessoal ao Serviço (NPS) ligado à Economia do Mar aumentou para 19,5%, mais 2,3 pontos percentuais do que em 2022, resultados refletem a relevância crescente da Economia do Mar como pilar estratégico do desenvolvimento sustentável e da diversificação económica de Cabo Verde.
Economia do Mar: o que é?
A Economia do Mar, também designada por Economia Azul, refere-se ao conjunto de actividades económicas relacionadas com os oceanos, mares e zonas costeiras, bem como aos recursos e serviços que estes ecossistemas marinhos proporcionam. Este conceito abrange uma vasta gama de sectores que dependem direta ou indiretamente do meio marinho para gerar riqueza, emprego e desenvolvimento sustentável.
Entre as principais atividades incluem-se a pesca e aquacultura, que garantem a segurança alimentar e constituem fonte de subsistência para milhões de pessoas; o transporte marítimo e os portos, essenciais para o comércio internacional; o turismo costeiro e náutico, que atrai visitantes e dinamiza economias locais; a exploração de recursos energéticos offshore, como petróleo, gás e energias renováveis marinhas; a biotecnologia marinha, que desenvolve produtos farmacêuticos e cosméticos; e a construção e reparação naval.
A Economia do Mar representa igualmente os serviços ecossistémicos prestados pelos oceanos, nomeadamente a regulação climática, a produção de oxigénio e a absorção de carbono. Para países insulares e costeiros, este sector assume importância estratégica, sendo fundamental promover a sua exploração de forma sustentável, equilibrando o crescimento económico com a preservação dos recursos marinhos para as gerações futuras, num quadro de responsabilidade ambiental e gestão integrada das zonas costeiras.













































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