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“Os museus têm ocupado um papel cada vez mais relevante nas comunidades, assumindo-se como parceiros estratégicos para a implementação dos ODS das Nações Unidas, através das suas múltiplas valências desde: apoiar a ação climática, promover a inclusão, até combater o isolamento social e melhorar a saúde mental, através de diferentes acções dos serviços educativos”, afirmou Augusto Veiga. 

O ministro da Cultura e das Indústrias Criativas considerou ainda que Cabo Verde vem construindo um percurso museológico assente na necessidade de preservar e promover a identidade sociocultural do país, a necessidade de apoiar a educação e o turismo, tem almejado, também, ampliar e inovar a acção das suas instituições.

Para Veiga, “é notório o esforço institucional dos últimos anos, nomeadamente na promoção da acessibilidade aos museus para todos os segmentos da população, a sua articulação com sectores chave como educação e turismo bem como o seu posicionamento nos debates aos desafios actuais e globais”. 

Após a sua comunicação, Augusto Veiga testemunhou a apresentação oficial da formação para guias locais sobre “Mediação Cultural em Contexto de Património Imaterial” e participou numa visita “experimental e guiada” ao Centro Interpretativo da Olaria de Fonte Lima, um dos mais importantes polos de preservação das técnicas tradicionais de olaria do país,  e ao Depósito de Fundão, com foco nas etapas da produção e funcionalidades do espaço, recolha de barro e sustentabilidade da mesma.

A celebração termina com a realização, a partir das 14h30, da Oficina Criativa “Modela o Teu Futuro”, em que as oleiras locais mostrarão como moldar e criar artefatos, convidando também os participantes a modelarem a sua própria peça a fim de terem uma “recordação simbólica da experiência”, diz o MCIC.

Apoio à tabanca

A jornada do Ministro da Cultura e das Indústrias Criativas nesta terça-feira começou, entretanto, horas antes, no Centro de Emprego e Formação Profissional de Santa Catarina, na cidade de Assomada, onde assinou contratos de apoio financeiro destinados aos grupos de tabanca da ilha de Santiago.

Foram celebrados protocolos com 11 grupos: três da cidade da Praia, um do Salineiro e sete de Santa Catarina, num montante global de 2.400.000 escudos cabo-verdianos (CVE). Cada grupo recebe um apoio anual de 200.000 CVE, no âmbito do projeto de valorização desta manifestação classificada como Património Cultural Imaterial Nacional.

A tabanca, expressão cultural profundamente enraizada na história cabo-verdiana, simboliza momentos de resistência ao colonialismo e reflete a estrutura social de uma época marcada pela escravatura. O seu auge festivo ocorre em junho, e desde 2017 o Governo tem reforçado os apoios para garantir a continuidade e o fortalecimento desta importante tradição cultural.