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Na comunicação, feita no ano em que o país celebra os 50 anos de independência, o Chefe de Estado salientou os progressos alcançados nas últimas cinco décadas, destacando “melhores salários, carreiras com mais possibilidades de desenvolvimento profissional e melhor segurança social”.

“Hoje temos o sistema não contributivo de segurança social, introduzimos o salário mínimo, o subsídio de desemprego e condições de regulação do serviço mínimo nos momentos de greve”, afirmou José Maria Neves, enumerando algumas das conquistas laborais do país.

Apesar dos avanços, o Presidente da República  identificou vários desafios persistentes, referindo que “os salários e os rendimentos continuam ainda muito baixos” e que existem manchas significativas de pobreza e incumprimentos da lei laboral.  Um dos pontos de preocupação sublinhados pelo Chefe de Estado é a saída massiva de mão de obra qualificada, para o estrangeiro, fenómeno que, na sua opinião, exige avaliar os impactos no mercado de trabalho, nas empresas e nas relações laborais.

Neves apontou ainda a necessidade de melhorias na gestão do fundo de pensões, defendendo que “a governança do sistema contributivo deve ser feita com muito rigor e muita transparência”. Alertou também para a questão da sustentabilidade das pensões dos trabalhadores da função pública, sobretudo aqueles que entraram antes de 2005.

“Neste ano em que comemoramos os 50 anos da nossa independência, é importante estarmos juntos, de mãos dadas, para comemorarmos os ganhos do passado, mas, sobretudo, abrir novas possibilidades de futuro”, concluiu o Presidente, reforçando a importância de políticas que promovam o trabalho decente, para assim reduzir as desigualdades e todas as formas de exclusão social.