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De acordo com a transportadora, o desfecho do processo arbitral põe fim a um diferendo que se arrastava desde 2021, motivado pela retenção de pagamentos por parte do Governo. A decisão permite à empresa capitalizar cerca de 19 milhões de euros (mais de 2 mil milhões de escudos), verba que será aplicada na execução do plano estratégico e na modernização do transporte marítimo entre as ilhas.

A CV Interilhas considera que este resultado marca “o encerramento de um capítulo decisivo” e abre portas a “um novo ciclo de confiança e cooperação para o futuro do país”. Para a empresa, os recursos agora assegurados representam não apenas o reconhecimento de um direito, mas também uma oportunidade para reforçar a conectividade interilhas e contribuir para o desenvolvimento sustentável, a coesão territorial e o progresso económico e social de Cabo Verde.

O novo navio, com características semelhantes ao “Dona Tututa”, encontra-se em fase de avaliação técnica e operacional, e a expectativa é que possa entrar em operação ainda este ano. A empresa sublinha que este reforço irá melhorar a segurança e a regularidade das ligações marítimas, beneficiando passageiros e a economia nacional.

Entretanto, o Governo já indicou que vai contestar a decisão arbitral. Durante o debate do Estado da Nação, realizado a 31 de julho, o vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças, Olavo Correia, disse que o Executivo irá “defender até ao limite o Estado” para tentar reverter o acórdão que determina uma indemnização de valor significativo à empresa concessionária.

Fonte: Inforpress