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Arlindo Barreto, Reitor da Universidade de Cabo Verde – que será a casa do CV-Fact -, frisou ao fazer uso da palavra no ato de assinatura do protocolo que “falsas informações podem pôr em causa a qualidade da democracia”. Segundo o Barreto, “a criação de elementos de informação que não têm nada a ver com a realidade” com recurso, nomeadamente, à Inteligência Artificial, ludibriam-nos a ponto de nos fazer crer que o que vemos e ouvimos é real.

“Isto é preocupante. Por isso, a criação do CV-Fact será importante para Cabo Verde, não só no período eleitoral e reforçará a qualidade da nossa democracia”, afirmou o Reitor da Uni-CV.

Patrícia Portela, Coordenadora Residente do Sistema das Nações Unidas em Cabo Verde, foi ainda mais longe na sua comunicação, considerando que a desinformação gera violência e exclusão sobretudo dos mais vulneráveis, entre os quais mulheres, crianças e jovens, provocando um alto impacto social e económico.

A Coordenadora Residente do Sistema das Nações Unidas em Cabo Verde felicitou por isso todos os parceiros do CV-Fact por esta “iniciativa visionária que olha para o presente e o futuro de Cabo Verde”, que contará com o apoio técnico e financeiro da ONU, que também reforçará as capacidades dos jornalistas, além de disponibilizar a plataforma digital I-Verify, onde está a ser instalado o Fact-CV.

Através desta plataforma, qualquer cidadão pode denunciar conteúdos suspeitos e maliciosos, que, depois, o Fact-CV, através dos seus parceiros confirmará, ou não, a veracidade das denúncias, o que, a nível da África Lusófona posiciona Cabo Verde como pioneiro em matéria de literacia mediática e ainda alinha o país com o Pacto Digital firmado pela ONU com vista a um futuro digital seguro e sustentável para todos.