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O congresso reunirá 500 participantes, entre quadros cabo-verdianos residentes no país e na diáspora, decisores políticos, investigadores, empresários, representantes de universidades, organizações internacionais e jovens profissionais com o objetivo de refletirem e debaterem o papel da diáspora no desenvolvimento sustentável de Cabo Verde, num espaço de diálogo, cooperação e partilha de experiências.

A sessão solene de abertura contará com a presença do primeiro-ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva, da Presidente da OIQC, Maria Silva, e do vice-reitor da Uni-CV. A seguir, durante três dias, o congresso acontecerá sob o formato de painéis temáticos e sessões de trabalho dedicados à reflexão sobre questões estratégicas para o futuro de Cabo Verde e da sua diáspora.

Os debates decorrerão em torno de seis eixos centrais: Cultura, Identidade e Expressão da Cabo-verdianidade no Mundo; Formas de Organização da Diáspora; Economia, Investimentos e Desenvolvimento Sustentável; Economia Azul, Digital e Criativa; Cooperação Técnico-Científica e Mobilidade do Capital Humano; e Saúde e Bem-Estar: Desafios e Oportunidades de Cooperação.

Entre os oradores convidados destacam-se Cristina Duarte (subsecretária-Geral das Nações Unidas e conselheira especial para África), os ministros Olavo Correia (Finanças), Jorge Figueiredo (Saúde), Augusto Veiga (Cultura e Indústrias Criativas), o Professor Vladimir de Brito (jurista e académico) e ainda a franco-cabo-verdiana Elizabeth Moreno (ex-ministra da Igualdade entre Mulheres e Homens de França) e o Doutor Filomeno Lopes, da Guiné-Bissau, jornalista da Rádio Vaticano. 

Conforme o Ministério das Comunidades, o congresso insere-se nos compromissos do Governo plasmados em dois documentos estruturais do Governo: o Plano Estratégico de Desenvolvimento Sustentável e o Plano Estratégico das Comunidades, surgindo as universidades cabo-verdianas como parceiras centrais do evento, “para promover uma reflexão académica, crítica e construtiva sobre o futuro coletivo de Cabo Verde”, refere o mesmo comunicado.

Daí que o objetivo principal desta mega reunião é “promover a convergência” de contributos para o desenvolvimento sustentável do país, tendo em conta uma diáspora “estimada em mais de 1,5 milhões de pessoas, espalhadas por mais de 42 países”. 

O último dia deste encontro será dedicado ao setor da saúde, com mesas-redondas sobre cooperação científica, evacuação médica, medicina preventiva, saúde mental e redução de custos no Sistema Nacional de Saúde. As sessões abordarão o percurso histórico do setor desde a independência, os desafios estruturais atuais e o papel estratégico da diáspora na consolidação e inovação da saúde em Cabo Verde.

Assim, espera-se que, mais do que um encontro, o Congresso Internacional de Quadros Cabo-verdianos visa reafirmar a centralidade da diáspora na construção do futuro do país, fortalecer as ligações entre o arquipélago e as suas comunidades no exterior, e promover um diálogo global sobre identidade, inovação e sustentabilidade.

O encerramento oficial do evento será presidido pelo ministro das Comunidades, José Filomeno Monteiro, após a apresentação do relatório e conclusões finais, que servirão como roteiro para o fortalecimento das relações entre Cabo Verde e a sua diáspora nos próximos anos.

Aguarda-se delegações de mais de 20 países e regiões, incluindo Estados Unidos da América, Portugal, França, Itália, Luxemburgo, Suíça, Holanda, Espanha, Brasil, Angola e Senegal. O evento decorrerá em formato híbrido (presencial e virtual), assegurando a participação ampla de quadros cabo-verdianos de todo o mundo.