
A Cidade da Praia acolhe a partir de hoje, 3 de setembro, a conferência internacional sobre a Integridade da Informação na Região Oeste Africana (ICAEL), organizada pela UNESCO em parceria com o governo cabo-verdiano. O evento reúne até quinta-feira (5), entre 150 a 200 especialistas, jornalistas, académicos e decisores políticos nacionais e internacionais para definir estratégias de combate à desinformação numa região onde as tecnologias digitais e a inteligência artificial ganham crescente protagonismo.
O evento de três dias, que decorre até 5 de setembro, visa estabelecer um quadro político e estratégico adaptado ao contexto da África Ocidental e do Sahel para enfrentar os desafios da proliferação da desinformação, do discurso de ódio e dos riscos das novas tecnologias.
Subordinada ao lema “Integridade da Informação: um pilar para a democracia e desenvolvimento sustentável”, a iniciativa pretende aprovar o Plano de Ação da Praia, que visa melhorar o acesso à informação, fortalecer a resiliência das populações e promover competências para uma interação saudável com o ecossistema informacional.
A conferência organiza-se em dois momentos ao longo dos três dias. A primeira fase dedica-se a debates técnicos entre especialistas e profissionais da área, seguida de um Segmento Ministerial que reúne decisores políticos e representantes de alto nível.
As sessões plenárias e eventos paralelos abordam temas como os riscos e ameaças à integridade da informação, a governança das plataformas digitais, o impacto das novas tecnologias, o acesso à informação e a literacia mediática e informacional.
Participação de alto nível
Entre os participantes confirmados encontram-se o primeiro-ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva, o Subdiretor-Geral da UNESCO para Comunicação e Informação, Tawfik Jelassi, e o Representante Especial da ONU para a África Ocidental e o Sahel, Leonardo Santos Simão.
A conferência constitui-se numa resposta aos crescentes desafios que as novas tecnologias representam para a região, procurando estabelecer políticas públicas e boas práticas alinhadas com as normas internacionais e continentais, segundo uma nota do Governo cabo-verdiano.
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