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A sessão acontecerá na Casa da Ciência da Uni-CV, na cidade do Mindelo, com o apoio de parceiros permanentes: Instituto Politécnico do Porto (IPP), a Tertúlia Nôs e Nôs Terra, a Cape Verdean Community Alliance for Representation (CVCAR), dos Estados Unidos da América, e o Pedro Pires Institute da Bridgewater State University.

Com formato híbrido, a conferência oferecerá participação presencial e virtual através da plataforma Zoom, além de transmissão ao vivo pelo YouTube, garantindo amplo acesso ao público interessado. As comunicações estão a cargo de especialistas reconhecidos.

Carmelita Silva, cabo-verdiana, é investigadora e docente com especialidade em políticas públicas de género, tendo já integrado várias comissões nacionais para igualdade de direitos. É autora de diversos estudos sobre empoderamento feminino nas ilhas.

Terza Lima-Neves, natural de Cabo Verde, é professora de Ciência Política e Estudos Africanos na Johnson C. Smith University (EUA), e uma especialista em diáspora cabo-verdiana, com diversos projetos de pesquisa sobre mulheres, e estudos de género na África Ocidental.

Celeste Fortes, também cabo-verdiana, é socióloga e investigadora na Universidade de Cabo Verde. Especialista em estudos de género, família e migrações, seus trabalhos abordam as dinâmicas sociais e culturais que afetam as relações de género no arquipélago.

Adilson Semedo, igualmente cabo-verdiano, é professor universitário e investigador em ciências sociais focado em cidadania e desenvolvimento social cabo-verdiano, e ainda autor de estudos sobre religiosidade e modernidade em Cabo Verde e suas interseções com questões de género.

Igualdade, equidade de género e cidadania: que evolução em Cabo Verde?

Desde a sua independência, em 1975, Cabo Verde vem registando avanços significativos em igualdade de género e cidadania. O país implementou políticas progressistas, incluindo a Lei contra Violência Baseada no Género (2011) e alcançou paridade de género na educação básica e superior. A representação feminina no parlamento aumentou para mais de 30%, e mulheres ocupam posições-chave no governo e judiciário.

Apesar desses progressos, persistem desafios como disparidades salariais, violência doméstica e limitações ao empoderamento económico feminino em áreas rurais, daí que o país vem buscando cumprir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, particularmente o ODS 5 sobre igualdade de género.