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Augusto Neves não poupou críticas aos grupos contestatários, acusando-os de “oportunismo” e de terem “motivações políticas e pessoais” para pressionar a autarquia num momento em que a ilha atravessa graves dificuldades. “Não são três ou quatro pessoas que, por oportunismo e motivações políticas e pessoais, irão decidir se há ou não há carnaval”, afirmou o autarca, sublinhando que o evento está garantido para fevereiro de 2026.

O edil reconheceu a importância de todas as entidades envolvidas na organização do Carnaval, mas considerou “uma vergonha” aproveitar a fragilidade da ilha após as devastadoras chuvas de 11 de agosto para apresentar reivindicações. As intempéries causaram danos significativos em infraestruturas e habitações, deixando dezenas de famílias em situação vulnerável.

Financiamento aumentou apesar das dificuldades

Relativamente às queixas sobre problemas financeiros, Augusto Neves destacou o esforço da autarquia em aumentar progressivamente o apoio aos grupos. Em 2025, cada um dos seis grupos oficiais recebeu 4 milhões de escudos, valor que não inclui as receitas da venda de bilhetes para as bancadas. “A cada ano, apesar das enormes dificuldades, a Câmara tem vindo a aumentar o subsídio e o apoio aos grupos oficiais”, frisou.

O presidente da câmara recordou ainda a construção de quatro estaleiros na zona da Ribeira de Craquinha em 2008, que acabaram por ser recusados pelos grupos por os considerarem demasiado afastados. Apesar das críticas, Augusto Neves diz-se disponível para dialogar com a Liga dos Grupos Carnavalescos (Ligoc) e procurar soluções que permitam realizar “um melhor carnaval”.

O autarca lembrou também que São Vicente mantém uma agenda cultural intensa ao longo do ano, com diversos eventos de grande dimensão, e que cada atividade requer a sua própria preparação e investimento.

Fonte: RCV