Domingo, 19 Outubro 2025

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Cabo Verde reforça frota aérea com quatro ATR até ao final do ano

O Governo vai adquirir quatro aeronaves ATR em regime de aluguer para reforçar as ligações aéreas internas do arquipélago. O anúncio foi feito esta semana pelo ministro dos transportes, José Luís Sá Nogueira, durante a sessão parlamentar, com o objetivo de estabilizar as operações antes da época alta turística.

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Conforme avançou o ministro, dois aviões já chegaram de Toulouse, França, e estão alocados à companhia Linhas Aéreas de Cabo Verde (LACV), que ainda não iniciou operações, mas deverá começar a voar até ao final de 2025. O Executivo negoceia agora a chegada de mais duas aeronaves em regime de dry lease, aluguer sem tripulação, que serão operadas diretamente pela LACV, ao contrário dos primeiros aparelhos cuja negociação foi conduzida pela Transportes de Cabo Verde (TCV).

“A medida que o Governo já tomou é começar a trabalhar na vinda de mais duas aeronaves em dry lease. Já não vai ser a TCV a fazer essa negociação, mas as Linhas Aéreas de Cabo Verde”, explicou José Luís Sá Nogueira aos deputados.

Antecipando o aumento da procura entre dezembro e janeiro, o Governo prepara também contratos de wet lease, aluguer de avião com tripulação, a fim de garantir capacidade adicional durante os períodos festivos, incluindo o Carnaval e festividades como o 1.º de Maio e a festa de São Filipe.

“Quando chega a época alta, se ainda não tivermos as duas novas aeronaves para reforçar as que temos neste momento, entramos com o wet lease. Isso é normal em toda a parte do mundo quando o mercado assim o pede”, afirmou o ministro, que sublinhou que o mercado aéreo cabo-verdiano é “complexo” e que o Executivo assume a ligação aérea como “uma questão de soberania”.

Manutenção assegurada

Questionado pela bancada do Movimento para a Democracia (MPD) sobre a manutenção dos aparelhos, José Luís garantiu que o Governo fez um investimento muito forte na aquisição de peças e equipamentos. Já que uma das aeronaves chegou de Toulouse com um stock de componentes para assegurar operações de manutenção preventiva.

“Nem sempre todos os materiais ou as peças estão disponíveis no stock. Vai aparecer sempre a necessidade de trazer de fora uma ou outra peça, mas isso é normal. Vamos ter que conviver com isso”, admitiu o ministro, frisando que a renovação da frota e a capacidade de manutenção ficaram asseguradas.

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