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A responsável garantiu que todos os protocolos necessários para a implementação do procedimento já foram criados. “Neste momento, já temos todos os protocolos criados com as entidades portuguesas, que são o nosso parceiro da implementação. Temos as competências técnicas e físicas instaladas”, afirmou Ângela Gomes, acrescentando que o país está preparado para “realizar o primeiro transplante renal em Cabo Verde” dentro do prazo previsto.

O processo de preparação para os transplantes renais tem vindo a ser desenvolvido há algum tempo, envolvendo a normalização de procedimentos, a aquisição de equipamentos e a criação do enquadramento legal. “É um processo bastante delicado do ponto de vista ético e legal. Por isso, tínhamos que criar, adequar todas essas ferramentas para depois avançarmos com qualidade, segurança e garantir que o processo tenha sustentabilidade”, explicou a diretora-geral da Saúde.

A atualização da Política Nacional de Saúde 2025-2035, apresentada no mesmo encontro, pretende construir um sistema de saúde mais resiliente, com impacto direto na qualidade de vida dos cabo-verdianos. Ângela Gomes sublinhou que a política define “a estratégia e tudo o que se quer para a saúde num horizonte, pelo menos em dez anos”, incorporando novos desafios como as dinâmicas sociais, os determinantes da saúde e o impacto das mudanças climáticas.

A nova política estabelece também estratégias para responder a doenças emergentes e promover melhorias contínuas no sistema de saúde, numa abordagem que integra a saúde humana, animal e ambiental.