Sábado, 23 Agosto 2025

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Cabo Verde pode acionar mecanismo europeu após cheias em São Vicente

“Cabo Verde tem à disposição o Mecanismo Europeu de Proteção Civil da União Europeia para lidar com os danos causados pelas inundações de 11 de agosto na ilha de São Vicente”, informou a embaixadora da União Europeia em Cabo Verde, Carla Grijó, ontem, 20, em declarações à RTP.

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O Mecanismo Europeu de Proteção Civil funciona como plataforma de coordenação entre os Estados-membros da União Europeia, que permite uma resposta conjunta e organizada perante situações de emergência tanto dentro como fora do território europeu.

Carla Grijó, explicou que o mecanismo está disponível para países terceiros, cabendo ao executivo nacional formalizar qualquer solicitação junto da delegação europeia no país. O instrumento, criado pelo bloco europeu em 2001, destina-se a coordenar respostas governamentais perante catástrofes naturais e de origem humana.

“Este mecanismo pode ser acionado por países terceiros, e Cabo Verde já o utilizou anteriormente, nomeadamente durante a pandemia DA Covid-19 e no período da erupção vulcânica na ilha do Fogo”, declarou a embaixadora. A diplomata sublinhou que a União Europeia não toma iniciativa de forma autónoma, mas reage mediante o pedido. A eficácia da resposta europeia depende da especificação detalhada das necessidades por parte do país solicitante.

“Quanto mais pormenorizado for o pedido, melhor será a coordenação que conseguimos fazer com os Estados-membros para distribuir a resposta”, esclareceu a representante europeia.

A delegação da União Europeia em Cabo Verde já manifestou solidariedade com as autoridades nacionais e com as populações afetadas pelas cheias que atingiram a ilha de São Vicente no passado dia 11 de agosto.

O fenómeno meteorológico extremo que assolou o norte do arquipélago enquadra-se numa tendência global de eventos climáticos cada vez mais severos. A embaixadora europeia alertou que as alterações climáticas exigem maior preparação preventiva, e citou os incêndios que constantemente afetam várias regiões europeias como exemplo paralelo desta realidade.

“Assistimos a fenómenos extremos por todo o mundo, não apenas no arquipélago cabo-verdiano. Isto significa que devemos preparar-nos cada vez melhor para que as populações possam recuperar rapidamente quando estes eventos ocorrem”, concluiu a diplomata.

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