
A 68ª Sessão Ordinária da Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da CEDEAO arrancou ontem, 14, em Abuja, Nigéria, com Cabo Verde representado pelo Presidente da República, José Maria Neves. A cimeira decorreu num momento crítico para a região, marcado por instabilidade política e desafios de segurança que ameaçam a coesão da comunidade.
Nesta edição especial, a Cimeira dedica um segmento ao debate sobre o futuro da Comunidade, no ano em que a CEDEAO assinala meio século de existência. A abertura contou com intervenções do presidente nigeriano Bola Ahmed Tinubu, do presidente da Comissão da CEDEAO Omar Alieu Touray, do presidente em exercício da Conferência Julius Maada Bio, e de representantes das Nações Unidas e da União Africana.
A agenda inclui a análise da situação atual da organização, os relatórios do Conselho de Mediação e Segurança e do Conselho de Ministros, bem como atualizações sobre a Guiné-Bissau, o Benim e a transição na Guiné. A implementação do Esquema de Liberalização do Comércio será igualmente discutida.
Os Chefes de Estado e de Governo da CEDEAO encontram-se reunidos à porta fechada para analisar os atuais desafios políticos e de segurança que afetam a região. A sessão de abertura foi marcada por fortes apelos à unidade e pela veemente condenação ao golpe de Estado na Guiné-Bissau.
O Presidente da CEDEAO destacou que a instabilidade que atinge um país afeta toda a comunidade e sublinhou que “a unidade não é uma opção”, mas uma necessidade para enfrentar os desafios comuns. O dirigente apelou a que os Estados-membros projetem com coragem os próximos 50 anos, rumo a uma CEDEAO “próspera e unida”, capaz de consolidar os avanços já alcançados.
O representante da União Africana, presente na cerimónia, reiterou a posição firme da organização continental relativamente à defesa da ordem constitucional, e sublinhou que “África não pode dar-se ao luxo de regredir nos ganhos democráticos já alcançados”.
O responsável reafirmou ainda a política de tolerância zero para intervenções inconstitucionais e defendeu o reforço da cooperação com a CEDEAO para prevenir crises e promover democracia, paz e estabilidade partilhada no continente.
Os debates prosseguem ao longo do dia, com a expectativa de que os líderes regionais avancem com medidas conjuntas para responder à instabilidade política e aos desafios de segurança que continuam a ameaçar a coesão da comunidade.












































