
Um grupo de mulheres comerciantes (rabidantes) manifestou-se hoje, 3, à porta da Câmara Municipal da Boa Vista contra a proibição de venda na via pública, implementada desde 1 de setembro pela autarquia e exigem um espaço alternativo para exercerem a sua atividade em Sal Rei.
As vendedeiras de Sal Rei, saíram às ruas em protesto contra a medida municipal que proíbe a venda de alimentos e vestuário na via pública desde o início do mês. A decisão da autarquia, justificada pela necessidade de organizar o espaço urbano e garantir condições de segurança e higiene, gerou forte contestação entre as comerciantes que dependem desta atividade para o sustento das suas famílias.
“Têm de nos dar um lugar para vendermos antes de começarem a tirar-nos da rua. Têm de ver a situação, de nós que somos rabidantes e vendemos na rua, e não simplesmente chegar e dizer para sairmos”, declarou Laidinha Ferreira, uma das manifestantes. A vendedeira sublinhou que não questiona a decisão municipal, mas critica a falta de uma alternativa viável.
Lizita Lopes, outra comerciante presente no protesto, expressou também a sua indignação: “Não viemos pedir nada, só queremos um lugar, o pilão de mercado que o presidente disse que nos faria para colocarmos as nossas coisas”.
As vendedeiras frisaram que exercem o comércio de rua por necessidade e não por opção, destacam que precisam de “ter o que dar aos filhos de comer”. Segundo as próprias, a maioria possui registo empresarial e cumpre as obrigações fiscais, necessitam apenas de um espaço seguro onde possam vender e guardar os produtos.
Em resposta ao protesto, o vereador de Fiscalização da autarquia, Abel Ramos, apresentou a posição da câmara municipal e anunciou uma solução para as comerciantes de vestuário: o pátio do antigo Centro de Juventude. O responsável esclareceu que a autarquia divulgou o comunicado da proibição antes de 1 de setembro através da página oficial no Facebook, dando “aviso prévio” à população.
“Aviso prévio teve, porque o comunicado saiu na página de facebook, antes de 01 de setembro para saberem, e a partir de 01 de setembro, fomos sensibilizar”, afirmou o vereador.
Abel Ramos sublinhou que o processo atual é de “sensibilização” e não de “expulsão”, tendo já recebido instruções superiores para reunir com as vendedeiras e explicar detalhadamente os espaços disponíveis para o exercício da sua atividade comercial.
Fonte: Inforpress
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