
O Banco de Cabo Verde (BCV) reagiu esta terça-feira, 4, a um artigo publicado sobre a alienação de um banco do sistema financeiro nacional, considerando que o texto apresenta uma análise enviesada dos factos. A instituição esclarece que atua de forma independente, sem qualquer tipo de pressão, e que todas as decisões seguem o quadro legal em vigor.
Em comunicado, o Banco Central manifestou “estranheza” face à publicação de um artigo que, segundo a instituição, associa de forma incorreta a aceitação de uma due diligence realizada por entidades estrangeiras como se fosse uma decisão já tomada pelo regulador.
O BCV sublinha que o processo de decisão depende de vários fatores, entre os quais “a natureza das partes envolvidas, a complexidade e a completude do processo”, e reafirma que as suas análises são feitas com base na avaliação de risco, respeitando os princípios da legalidade e proporcionalidade.
A instituição frisa ainda que solicita todas as informações necessárias para garantir que, em processos de aquisição de participação qualificada, estão reunidos os requisitos que asseguram “uma gestão sã e prudente” da entidade alvo, conforme previsto na Lei n.º 62/VIII/2014, de 23 de abril.
O Banco de Cabo Verde lamenta também que informações trocadas entre as partes envolvidas, e cobertas pelo dever de confidencialidade, estejam a ser divulgadas na comunicação social “sem o necessário rigor e enquadramento”, situação que, segundo o comunicado, não acontece pela primeira vez.
O BCV concluiu reiterando que as suas decisões “são tomadas com base no estrito cumprimento do quadro legal aplicável” e que não aceita qualquer tipo de pressão, seja de entidades públicas, privadas ou de interessados diretos nos processos em curso.












































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