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O relatório revela que “a economia nacional registou menor dinamismo no primeiro semestre de 2025, face ao período homólogo, crescendo 4,9% em volume”, um abrandamento significativo comparado aos 9,3% do mesmo período de 2024. Esta evolução reflete o impacto do fraco crescimento nos principais parceiros externos, nomeadamente na Área do Euro e no Reino Unido.

Apesar do contexto económico desafiante, as contas externas apresentam uma evolução favorável. A balança corrente registou “um excedente de 2,7% do PIB”, sustentado pelo aumento das exportações de serviços turísticos e das remessas dos emigrantes. As reservas externas líquidas aumentaram para garantir 7,3 meses de importações em junho de 2025, face a 6,5 meses em dezembro de 2024.

No que respeita à inflação, o BCV projeta que “a taxa média anual aumente de 1% em 2024 para 2,4% em 2025”, devido ao aumento dos custos de frete e dos preços dos produtos alimentares nos mercados internacionais. Para 2026 e 2027, espera-se um abrandamento para 1,7% e 1%, respetivamente.

O crédito à economia cresceu de forma mais moderada, registando 4,6%, reflexo do aumento das taxas de juro praticadas pelos bancos comerciais e de critérios de aprovação ligeiramente mais restritivos. Face a este enquadramento, o BCV justifica que “considera adequada a manutenção das taxas de juro de referência nos níveis atuais”, beneficiando do diferencial positivo face às taxas da Área do Euro, que tem contribuído para a recuperação das reservas internacionais.

O banco central sublinha que continuará a “acompanhar de perto a evolução dos principais indicadores económicos, com especial enfoque na inflação”, mantendo uma postura orientada pelos dados e pronta a intervir para preservar a estabilidade de preços e assegurar a robustez do sistema financeiro.