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A decisão surge num contexto de crescimento económico moderado e estabilidade da inflação. A economia cabo-verdiana registou expansão no primeiro semestre do ano, embora a um ritmo menos acelerado do que em períodos anteriores. O BCV prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça cerca de 5,5% em 2025, abrandando para 4,8% em 2026, valor próximo do potencial de crescimento do país.

Quanto à inflação, a taxa média anual situou-se nos 2,1% em agosto, impulsionada pelo aumento de preços nos mercados internacionais. Para 2025, o banco central projeta uma inflação média anual de 2,4%, com redução prevista para 1,7% em 2026.

A instituição destaca que as reservas internacionais apresentam uma evolução favorável, resultado das medidas de normalização da política monetária adotadas para manter a estabilidade de preços e defender o regime de câmbio fixo ao euro. As reservas internacionais líquidas deverão atingir 955 milhões de euros em 2025, garantindo cerca de oito meses de importações.

O diferencial positivo entre as taxas de juro nacionais e as da zona euro contribuiu para a recuperação substancial das reservas. As contas externas evoluíram favoravelmente, apesar da trajetória descendente dos ativos externos líquidos dos bancos.

No cenário internacional, o contexto mantém-se marcado por tensões comerciais e incertezas globais. As principais economias parceiras de Cabo Verde registam crescimento moderado, enquanto na área do euro a inflação está alinhada com a meta do Banco Central Europeu, que tem mantido inalteradas as suas taxas de juro de referência.