As duas novas aeronaves ATR 72-600, adquiridas por Cabo Verde, concluíram com sucesso os voos de demonstração e estão oficialmente aptas a iniciar operações comerciais regulares no arquipélago, representando um marco importante na modernização do transporte aéreo interilhas. O anúncio foi feito pelo Ministério do Turismo e Transportes na sua página oficial do Facebook.
A primeira aeronave, com matrícula D4-CCM e número de série 1512, chegou ao país a 5 de setembro, após um voo realizado de Toulouse, França, com escala em Las Palmas, operado por duas tripulações cabo-verdianas. A segunda aeronave, com matrícula D4-CCN, aterrou no Aeroporto Internacional Nelson Mandela a 12 de setembro, igualmente proveniente de Toulouse.
Com estas incorporações, a operação interilhas passa a ser assegurada por três aeronaves: os dois novos ATR 72-600 e uma terceira aeronave disponibilizada pela Royal Air Maroc, em regime de ACMI (Aircraft, Crew, Maintenance and Insurance).
O reforço da frota traduz um investimento estratégico na capacitação e valorização dos recursos humanos nacionais, garantindo maior resiliência e estabilidade operacional, assim como mais regularidade e qualidade nos serviços de transporte aéreo interilhas.
Segundo o Governo, este investimento representa um contributo significativo para a melhoria da mobilidade dos cidadãos, para a coesão territorial e para o dinamismo económico de Cabo Verde, sendo o transporte aéreo assumido como uma questão de soberania nacional.
Os números dos primeiros oito meses de 2025 evidenciam o impacto positivo das medidas implementadas pelo Executivo. Apesar de alguma instabilidade operacional, o número de voos cresceu 44% e o de passageiros mais de 47% em comparação com o mesmo período de 2024.
Outro dado relevante é que o número de passageiros transportados superou os valores registados em 2019, antes da pandemia da COVID-19, no mesmo período de referência.
O Governo anunciou ainda que já está a trabalhar no reforço adicional da frota para o mercado interno, com a aquisição de mais aeronaves. A estratégia visa responder à crescente procura da população cabo-verdiana, tanto residente como na diáspora, e apoiar a demanda resultante da desconcentração e diversificação do turismo no arquipélago.
O Executivo reafirma o seu firme compromisso em assegurar um serviço aéreo regular, seguro e de qualidade, fortalecendo a conectividade entre todas as ilhas e promovendo um desenvolvimento equilibrado em todo o país.
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