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A primeira candidatura, de carácter individual, refere-se aos “Documentos sobre a escravidão no Fundo Arquivístico da Secretaria Geral do Governo (Cabo Verde, 1842-1869)”. A segunda candidatura, conjunta com Angola e Moçambique, diz respeito ao “Recenseamento dos escravos em Angola, Cabo Verde e Moçambique determinado por decreto português de 14 de dezembro de 1854”.

A cerimónia formal da entrega dos certificados realiza-se no âmbito da Conferência Regional sobre a Integridade de Informação e de Comunicação na África Ocidental e no Sahel, promovida pela UNESCO em parceria com o Governo cabo-verdiano, que decorre até amanha, 5 de setembro. 

As candidaturas foram aprovadas na 15ª Sessão Ordinária do Comité Consultivo Internacional do Programa Memória do Mundo em abril deste ano, conforme consta no comunicado do MCIC. O Programa visa preservar e tornar acessível o património documental de valor universal, protegendo documentos históricos considerados fundamentais para a compreensão da história da humanidade.

De acordo com a mesma fonte, a aprovação destas candidaturas reconhece a importância histórica destes documentos para o entendimento do período colonial e do sistema esclavagista nas antigas colónias portuguesas em África.