Aumenta para oito o número de vítimas mortais provocadas pelas chuvas torrenciais que atingiram a ilha de São Vicente, anunciou hoje o vereador da Proteção Civil local, José Carlos da Luz numa entrevista à RCV. Sete pessoas morreram em consequência das cheias e uma por eletrocussão. Há ainda três desaparecidos e 12 desalojados, segundo dados oficiais.
As fortes enxurradas arrastaram viaturas, derrubaram árvores e bloquearam estradas, incluindo os acessos ao aeroporto e à Baía das Gatas, que, entretanto, já foram reabertos. Perante a dimensão dos estragos e a gravidade da situação, o Governo decretou, esta segunda-feira, estado de calamidade pública para a ilha.
Um dos problemas mais críticos da ilha no momento, é a falta de abastecimento de água. A estação de captação de água do mar da Electra ficou totalmente alagada, impossibilitando a dessalinização e deixando a ilha sem produção de água para consumo humano. O administrador executivo da empresa de água da ilha, Antão Cruz, em conversa à RCV, alertou que todo o stock disponível foi esgotado e que, neste momento, não há água para qualquer instituição, incluindo hospitais e bombeiros.
Além disso, parte da rede elétrica foi afetada e há danos significativos em infraestruturas e habitações, muitas delas construídas em zonas de risco. A Câmara Municipal prepara um programa mínimo de intervenção, que será apresentado ao Governo para candidatura ao Fundo Nacional de Emergência.
As autoridades locais apelam à solidariedade de todos os cabo-verdianos e à utilização responsável dos recursos disponíveis, enquanto equipas técnicas e de socorro continuam no terreno para minimizar os impactos desta tragédia.
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