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Segundo a empresa, durante a inspeção, as equipas de fiscalização encontraram indícios claros de bypass ao contador, reservatórios subterrâneos e estruturas desenvolvidas especificamente para desviar água da rede pública. Atitudes essas que a ADS descreve como “fraudulentas” e que “representam um ataque direto à rede de abastecimento, e compromete a qualidade e a regularidade do fornecimento para toda a comunidade”.

“A utilização indevida de um chafariz para práticas ilícitas constitui um ato grave e inaceitável, que atenta contra os direitos de todos os clientes que cumprem as suas obrigações contratuais”, lê-se no comunicado. A empresa considera esta situação uma violação séria dos princípios de equidade no acesso aos recursos hídricos.

A Águas de Santiago iniciou procedimentos legais contra os responsáveis já identificados na operação. A religação dos serviços só será possível após a regularização da faturação dos danos causados, de forma a repor a justiça e a responsabilidade no uso da água.

Esta operação em Ponta d’Água surge na sequência de uma ação similar realizada em julho na zona de Palmarejo Grande, onde a empresa procedeu ao desmantelamento de ligações ilícitas em edifícios residenciais de alto padrão. Na ocasião, foram identificados desvios de milhares de metros cúbicos de água, numa escala que, em condições normais, seria suficiente para abastecer zonas residenciais durante várias semanas.

A Águas de Santiago sublinha que a água é um bem essencial e que deve ser gerida com total responsabilidade e transparência.