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O presidente da Câmara Municipal de São Vicente, Augusto Neves, afirmou que a prioridade é a normalização da cidade e o apoio às famílias afetadas, afastando qualquer possibilidade de realização do evento. “Neste momento, vamos falar da ilha e da cidade, que são muito mais importantes do que o festival. Vamos preocupar-nos com as famílias que perderam entes queridos, isso é, para nós, muito mais importante do que falar do festival”, declarou o autarca.

As chuvas intensas arrastaram viaturas, destruíram habitações e deixaram várias zonas cobertas de lama e pedras. O edil explicou que a autarquia está concentrada em mobilizar apoios para repor infraestruturas, sobretudo nas redes e vias de acesso.

O ministro da Administração Interna, Paulo Rocha, confirmou o balanço de sete vítimas mortais e anunciou que o Governo declarou o Estado de Calamidade em São Vicente e Santo Antão. O executivo expressou pesar às famílias enlutadas, garantiu apoio às vítimas e apelou à união nacional para superar as consequências da tragédia.

Equipas de emergência e voluntários têm estado no terreno a remover escombros, garantir o fornecimento de água potável e restabelecer comunicações. Segundo as autoridades, até ao momento, estão confirmadas sete mortes, havendo ainda registo de pessoas desaparecidas. As informações chegam de forma gradual às populações e à comunicação social.

O país continua sob alerta de chuvas durante a tarde, estando Cabo Verde sob a influência de uma onda tropical. O Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica (INMG) divulgou hoje a sua previsão do tempo, alertando para a possibilidade de aguaceiros e trovoadas em diversas zonas do arquipélago.

Fonte: Inforpress