
Em celebração de mais um aniversário da Revolução dos Cravos o Centro Cultural Português na Praia promove hoje, 29, e amanhã,30, dois eventos que mostram como a mudança iniciada a 25 de abril de 1974 mudou Portugal e as ex-colónias, dando origem a países novos que, ainda hoje, buscam cumprir os ideais anunciados então.
Nesta terça-feira, 29, a partir das 18 horas, quatro oradores – Irene Flunser Pimentel (historiadora), Joaquim Furtado (jornalista), Manuel Faustino (ministro do Governo de Transição de Cabo Verde de 1975) e Osvaldo Lopes da Silva (combatente e ex-ministro de Cabo Verde) – falam na conferência “25 de abril de 74/75 – A Alegria da Revolução, a alegria do voto”.
Já na quarta-feira, 30, a partir das 19 horas, a vez é da música, com o concerto “Para Abril”, que junta Cabo Verde e Portugal em palco – o cantor e compositor Mário Lúcio e o guitarrista Pedro Joia como protagonistas – com a promessa de uma noite de mestria e emoção que não deixará de encantar o público.
Ambos os eventos terão lugar no auditório do CCP – Praia, em Achada Santo António.
Mário Lucio, artista multifacetado
Cantor, compositor, escritor e ex-ministro da Cultura, Mário Lúcio Sousa nasceu em 1964, no Tarrafal, ilha de Santiago. Fundador do grupo Simentera, destacou-se pela defesa das raízes culturais de Cabo Verde e pela promoção da música como ferramenta de transformação social.
Com uma carreira marcada pelo compromisso com a identidade africana, Mário Lúcio continua a ser uma das vozes mais influentes da cultura cabo-verdiana contemporânea, tendo colaborado com artistas como Cesária Évora, Gilberto Gil, Mayra Andrade, Milton Nascimento e Paulinho da Viola. Na literatura, é autor de obras premiadas como Novíssimo Testamento e Biografia do Língua.
Pedro Joia, mestre da guitarra
Pedro Jóia, nascido em 1970 em Liège, Bélgica, é um renomado guitarrista português. Iniciou os estudos de guitarra aos 7 anos na Academia dos Amadores de Música e, posteriormente, no Conservatório Nacional. Aos 16 anos, aprofundou-se na guitarra flamenca com mestres como Paco Peña e Manolo Sanlúcar.
Aos 19 anos, começou a carreira profissional, atuando em diversos continentes. Entre 2003 e 2007, viveu no Brasil, colaborando com artistas como Ney Matogrosso e Gilberto Gil. Recebeu o Prémio Carlos Paredes em 2008 e 2021 pelos álbuns “À Espera de Armandinho” e “Zeca”, respectivamente. Desde 2012, atua com Mariza e integra o grupo Resistência, mantendo projetos como o Pedro Jóia Trio.
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