O prestigiado evento brasileiro, considerado um dos mais importantes da indústria musical da América Latina, destaca Solange como uma referência incontornável no processo de internacionalização da música africana e da cooperação lusófona. A homenagem insere-se ainda nas celebrações dos 50 anos de independência dos Países Africanos de Língua Portuguesa (PALOP), reconhecendo o papel crescente dos seus artistas nos circuitos culturais globais.
Representada internacionalmente pela Ars Luminae, Solange Cesarovna tem-se distinguido pelo seu percurso artístico e pela sua atuação em defesa dos direitos dos criadores. Cofundadora e ex-presidente da Sociedade Cabo-verdiana de Música (SCM), foi pioneira na estruturação do sistema de distribuição de direitos autorais no país. É também reconhecida como vice-presidente da African Music Academy (AMA) e do Conselho Internacional de Criadores de Música (CIAM).
Em reação à homenagem, a artista expressou gratidão e destacou o simbolismo do momento. “Ser reconhecida num palco desta dimensão, no ano em que celebramos os 50 anos da independência dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa, PALOP, é uma honra imensa e um sinal da força e da ressonância da nossa música e da nossa cultura,” afirmou, dedicando a distinção a todos os criadores africanos que acreditam na música como instrumento de transformação e identidade.
A cerimónia marcará também um reforço da cooperação cultural entre o Brasil e os PALOP, numa altura em que o intercâmbio cultural e a valorização dos criadores africanos ganham nova projeção.
Para José Pedro Ferreira e Margarida Rebocho, diretor executivo e diretora artística da Ars Luminae, “esta homenagem sublinha a força da sua voz artística e política, e o papel transformador da música na construção de pontes entre culturas.”
A Ars Luminae reafirma o seu compromisso com a promoção da diversidade, da justiça autoral e da criação de redes de colaboração entre os artistas lusófonos a nível internacional.
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