O ciclo iniciou-se com a presença da bailarina beninense Carmelita Siwa, que trouxe a Cabo Verde a sua experiência e energia, marcadas pela tradição e pela contemporaneidade da dança africana.
A artista proporcionou uma semana de forte intercâmbio artístico, explorando movimentos que refletem a identidade cultural do Benim. Para muitos participantes, foi uma oportunidade rara de contacto direto com linguagens coreográficas pouco conhecidas no arquipélago.
Desde o dia 18 de agosto e até ao dia 21, a programação prossegue com a bailarina cabo-verdiana Rosy Timas, que apresenta a proposta “Ritual de presença e tempo de estar”. A abordagem convida os participantes a desacelerar e a mergulhar num exercício de escuta do corpo e do silêncio, explorando práticas sensoriais, improvisação e partilhas poéticas.
Mais do que uma oficina técnica, trata-se de uma experiência que procura reconectar corpo, mente e emoções, destacando o poder da dança como linguagem de introspeção e de encontro coletivo.
Promovida pela Associação Badju Kabu Kaba, em parceria com o Centro Cultural Português e financiada pela Fundação Calouste Gulbenkian, a masterclasse insere-se num esforço mais amplo de dinamizar o setor cultural cabo-verdiano e criar oportunidades de formação e intercâmbio para artistas e amantes da dança.
A iniciativa procura também quebrar fronteiras físicas e simbólicas, criando um espaço onde diferentes tradições se encontram e dialogam. Para a organização, o projeto demonstra que a dança é uma forma de “conhecimento, partilha e resistência cultural”, além de contribuir para o fortalecimento da identidade artística da nova geração cabo-verdiana.
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