Quarta-feira, 05 Novembro 2025

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Licínio Lopes lança música evangélica em crioulo

O pastor Licínio Lopes apresenta "Nu Ngaba NhorDes", este sábado, 8, na cidade da Praia, no espaço Warehouse, num concerto onde a morna, a coladeira e o funaná se unirão a mensagens de esperança. Será um festival de música evangélica em crioulo que promete desafiar preconceitos e celebrar a identidade cultural cabo-verdiana através da fé. O evento marca o lançamento de duas músicas de um álbum com dez temas, escritos pelo próprio pastor e produzidos pelo seu filho. As restantes oito músicas serão disponibilizadas posteriormente nas plataformas digitais e em CD físico.

“Seria interessante unir a nossa cultura com a fé através das letras que Deus me inspira a escrever”, explica Licínio Lopes ao Voz do Archipelago. O pastor desafia uma ideia enraizada em muitas comunidades religiosas: a de que os ritmos tradicionais cabo-verdianos não devem ser tocados nas igrejas por serem considerados “mundanos”.

“São as nossas raízes e a nossa identidade cultural”, defende o artista, que escolheu usar a cultura popular para “exaltar o nome de Deus”.

O concerto acontece no dia do aniversário do pastor Licínio Lopes e pretende ser mais do que um simples espetáculo musical. “Espero que sirva para unirmos a nossa fé. A música é a maior forma de evangelizar as pessoas”, afirma Licínio Lopes, sublinhando que o objetivo é tanto apresentar Deus a quem não O conhece como fortalecer a relação de quem já tem e faz uso da fé.

Licínio Lopes explica que as canções nasceram de forma espontânea, inspiradas por Deus. As mensagens centram-se num tema importante: “Independentemente da situação que estamos a passar, temos um Deus que é a solução para o nosso problema”.

Ao contrário das músicas românticas que associam a felicidade ao amor entre pessoas, as canções evangélicas de Licínio Lopes propõem que “a felicidade de cada um deve estar em Deus”. 

Licínio Lopes é também conhecido pelo seu trabalho social como mentor do projetoAmi e di Paz, y bo?”, que durante quase dois anos atuou em zonas periféricas da cidade da Praia, como Eugénio Lima, Safende e Achada Grande Trás, usando a fé como ferramenta de reinserção social de jovens em risco de criminalidade.

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