“Seria interessante unir a nossa cultura com a fé através das letras que Deus me inspira a escrever”, explica Licínio Lopes ao Voz do Archipelago. O pastor desafia uma ideia enraizada em muitas comunidades religiosas: a de que os ritmos tradicionais cabo-verdianos não devem ser tocados nas igrejas por serem considerados “mundanos”.
“São as nossas raízes e a nossa identidade cultural”, defende o artista, que escolheu usar a cultura popular para “exaltar o nome de Deus”.
O concerto acontece no dia do aniversário do pastor Licínio Lopes e pretende ser mais do que um simples espetáculo musical. “Espero que sirva para unirmos a nossa fé. A música é a maior forma de evangelizar as pessoas”, afirma Licínio Lopes, sublinhando que o objetivo é tanto apresentar Deus a quem não O conhece como fortalecer a relação de quem já tem e faz uso da fé.
Licínio Lopes explica que as canções nasceram de forma espontânea, inspiradas por Deus. As mensagens centram-se num tema importante: “Independentemente da situação que estamos a passar, temos um Deus que é a solução para o nosso problema”.
Ao contrário das músicas românticas que associam a felicidade ao amor entre pessoas, as canções evangélicas de Licínio Lopes propõem que “a felicidade de cada um deve estar em Deus”.
Licínio Lopes é também conhecido pelo seu trabalho social como mentor do projeto “Ami e di Paz, y bo?”, que durante quase dois anos atuou em zonas periféricas da cidade da Praia, como Eugénio Lima, Safende e Achada Grande Trás, usando a fé como ferramenta de reinserção social de jovens em risco de criminalidade.
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