Sexta-feira, 11 Julho 2025

Navegando por livros, telas, palcos e muito mais

Grande Feira do Livro: Nem Todas as Árvores Morrem de Pé é lançado hoje

O livro “Nem Todas as Árvores Morrem de Pé”, de Luísa Sobral, é apresentado ao público cabo-verdiano na tarde de hoje, 11, na Grande Feira do Livro 2025, que decorre no Largo Amílcar Cabral, cidade da Praia. A obra marca a estreia na literatura da compositora que é conhecida por ter escrito “Amar pelos dois”, tema com que o irmão Salvador ganhou a Eurovisão, em 2017.

Luísa Sobral é uma das mais destacadas cantoras-compositoras da nova geração da música portuguesa. Estreou-se em 2011 com o álbum The Cherry on My Cake, ao qual se seguiram vários outros trabalhos aclamados. Em 2017, compôs Amar Pelos Dois, interpretado pelo irmão Salvador Sobral, que deu a Portugal a primeira vitória na Eurovisão.

Além da sua carreira como intérprete, Luísa tem-se destacado como compositora para outros artistas, como Ana Moura, Mayra Andrade e António Zambujo. Em 2020, lançou o single Tudo Lo Que No Está, com a espanhola Zahara, e criou o podcast O Avesso da Canção. Continuou a lançar música com Camomila (2021) e Quero Morar numa Canção (2022).

Primeiro romance

No seu primeiro romance, Nem Todas as Árvores Morrem de Pé, a cantora e compositora portuguesa Luísa Sobral estreia-se na literatura com a mesma sensibilidade que marca as suas canções.

É um romance sobre duas mulheres unidas pela desilusão e pelos cinquenta anos mais tristes da história da Alemanha.  Emmi, que nasceu pouco antes de Hitler ascender ao poder na Alemanha, perde o pai na guerra e tem uma adolescência difícil, trabalhando desde muito cedo para ajudar em casa. É num bar aonde vai com os amigos depois do trabalho que conhece Markus, um homem de Berlim Leste que lhe escreve cartas maravilhosas e por quem se apaixona perdidamente.

Apesar de a mãe torcer o nariz ao seu casamento num momento em que a Guerra Fria está ao rubro, a irmã apoia-a, e Emmi acaba por ir viver com Mischa, como lhe chama, para a RDA. Inicialmente, tudo corre bem, mas, depois de o Muro de Berlim ser erguido, a separação da família e a chegada de uma carta anónima deixam-na na mais profunda depressão.

M. nasce após a divisão das duas Alemanhas e é o fruto perfeito do socialismo: com uma mãe ausente e educada por uma ama que adora plantas, M. idolatra o pai, desconhecendo por completo o mundo ocidental e crescendo ao sabor de uma realidade distorcida. Até que um dia, ao ouvir o testemunho chocante de uma rapariga, descobre que, afinal, não é só o Muro que tem um outro lado.
 
 
 
 

Tags

Partilhar esta notícia