Fátima Bettencourt conta com uma vasta obra publicada desde 1994, incluindo contos, crónicas, literatura infantojuvenil e compilações de estudos sobre o Movimento Claridoso.
“Humbertona: Minha Vida, o Tempo & o Modo”, o seu mais recente trabalho, é, entretanto, o mais especial de todos. Além de ser a sua estreia no género biográfico, é um livro que fala de alguém mui querido, o irmão Humberto Bettencourt dos Santos, um dos expoentes nacionais da arte de tocar violão.
Com um estilo próprio, ele deu origem ao termo “tocar violão à moda de Humbertona”. Mas, aos olhos de Fátima Bettencourt, o irmão era muito mais do que um excelente solista.
Humbertona protagonizou múltiplas facetas: desde a música em palcos nobres às causas políticas, passando pela edição de livros e discos, pelo ativismo a favor da independência de Cabo Verde e Guiné-Bissau nos Países Baixos e pela dinamização de grupos desportivos e associações recreativas, até à organização de uma república de estudantes de notável longevidade.
Em entrevista à Vatican News, a escritora alega que, apesar das suas reconhecidas qualidades artísticas, profissionais e humanas, Humbertona manteve-se sempre humilde. Um lado humano que a escritora não quer que as gerações vindouras sejam privadas de conhecer, daí a decisão de escrever a biografia do irmão.
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