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Embora visivelmente ansioso, Benito Lopes, diretor geral da AME, era um homem satisfeito quando deu as boas-vindas aos convidados nacionais e estrangeiros e garantiu que, a cada ano que passa, o evento cresce e vai se aprimorando graças a uma “equipa com membros de várias partes do mundo” e “muito capaz”, que está trabalhando para transformar esta grande montra da música de Cabo Verde numa “plataforma económico-cultural do país”.

Para cumprir este desiderato, disse João Domingos, o Presidente do Conselho de Administração (PCA) da CVTelecom, um dos principais parceiros do AME, é preciso que as empresas “olhem para a música e a cultura de Cabo Verde como o nosso bem mais valioso e trabalhem para apoiá-las”. “É um investimento com retorno, a longo e médio prazo. Fazemos isso como um dever, está escrito no nosso business plan”, disse o PCA da operadora de telecomunicações.

A Câmara Municipal, através do vereador da Cultura, Jorge Garcia, garantiu, por sua vez, que a edilidade vai continuar “firme no compromisso” de apoiar a AME por ser uma iniciativa “fundamental de dinamização cultural da cidade da Praia”, mantendo-se “firme no compromisso”. Entretanto, desafiou a organização do certame a “revistar” os objetivos traçados, desafiando-a a, entre outras propostas, a levar o AME às outras ilhas do país.

Augusto Veiga, que até há poucos meses era o diretor geral da AME, subiu ao palco como ministro da Cultura e das Indústrias Criativas para o Governo vai financiar o evento nesta edição e nos próximos quatro anos. “AME tem uma vertente económica forte, daí a aposta do Governo”, declarou Veiga, que ainda elogiou a iniciativa da organização de este ano convidar produtores culturais de todas as ilhas e também da Diáspora cabo-verdiana.

Dueto imprevisto

Feitos os discursos da praxe, o palco foi tomado por quatro jovens artistas cabo-verdianos: Joshua Martins, Leanne Costa, Bruna Melo e Bruna Iazzy, que, ao escolher cantar uma das canções de Dino d´Santiago – Brava (carta pa Tareza) – contribuiu para o grande momento da noite. O cantautor, ele próprio, subiu ao palco a meio da atuação da jovem cantora e, juntos, interpretaram-na até o último acorde, para gáudio da assistência.

One man show

Mas não era tudo. Logo a seguir, entrou em cena o DJ Fresh, que, com a sua parafernália eletrónica foi um one man show que arrancou aplausos e gritos de grande parte dos convidados, sobretudo quando apresentou um remix de Na ri na, composição de Orlando Pantera, versão grava pela cantora luso-cabo-verdiana Lura.