Empreender nas Ilhas

O programa incluiu apresentações culturais, homenagens a mulheres com percursos inspiradores, desfile de trajes africanos e um espaço gastronómico de partilha intercultural. Durante a cerimónia, a presidente da RAMAO, Josefina Chantre, destacou o simbolismo da data, já que o Dia da Mulher Africana foi institucionalizado há 63 anos, em Dar-es-Salaam, Tanzânia.

“A mulher é a metade do céu. É ela que sustenta o mundo. Já conquistámos várias coisas, mas os desafios continuam enormes. Precisamos de reforçar programas e decisões concretas para que a mulher africana participe de pleno direito na construção do continente”, afirmou Josefina Chantre, frisando a importância de se mudar mentalidades para superar barreiras sociais, culturais e de igualdade.

O presidente da PCA-CV, José Viana, reforçou que a celebração vai além de uma homenagem simbólica. “Hoje celebramos não só as mulheres que se fizeram ouvir, mas também aquelas que viveram em silêncio imposto. Esta é uma oportunidade para valorizar, dar voz e vez às mulheres africanas, incentivando o seu empoderamento e participação ativa em todas as esferas”, sublinhou.

A atividade integrou momentos artísticos e culturais, com apresentações de grupos da Nigéria, Guiné-Bissau e Angola, além de um momento gastronómico e de  confraternização. A cerimónia terminou com uma mensagem de união e esperança, focada no compromisso das associações de promover os direitos, a dignidade e a visibilidade das mulheres africanas em Cabo Verde.

O Dia da Mulher Africana, celebrado a 31 de julho, foi instituído em 1962 durante a Conferência das Mulheres Africanas, em Dar-es-Salaam, na Tanzânia. Atualmente reconhecida em 14 países africanos e por oito Movimentos de Libertação Nacional, esta efeméride promove uma reflexão sobre o papel da mulher na reconstrução do continente, na luta contra a SIDA, na promoção da educação e na consolidação da paz e da democracia.