O Governo de Cabo Verde lançou hoje oficialmente, no TechPark CV, na Praia, o Fundo Morabeza, uma iniciativa que marca uma nova fase da estratégia para transformar o arquipélago num Hub Digital do Atlântico. A iniciativa representa uma mudança de enfoque na agenda digital do país. Após grandes investimentos em infraestruturas como cabos submarinos, a estratégia 5G e o TechPark, bem como em programas como o Digital Cabo Verde Project (DCVP), o Governo concentra-se agora diretamente nas pessoas: jovens, empreendedores, startups, inovadores, a diáspora e organizações de apoio ao empreendedorismo.
“A jornada digital de Cabo Verde já não se resume a construir sistemas. Trata-se de dar às pessoas as ferramentas, o conhecimento e os recursos necessários para prosperarem. Com o Fundo Morabeza, estamos a acelerar o potencial digital para que a inovação, a inclusão e o impacto cheguem a todos os cabo-verdianos”, afirmou Olavo Correia, vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças e da Economia Digital.
Modelo TIWA: uma estrutura de apoio integrada
O Governo apresentou também o Modelo TIWA, uma estrutura de apoio que actua em três níveis: exposição (literacia digital de base e inclusão), imersão (incubação, mentoria e crescimento de startups) e aceleração (instrumentos de financiamento directo e mobilização da diáspora). Este modelo disponibiliza um pacote integrado que inclui formação, bolsas de estudo, mentoria, assistência técnica, apoio ao desenvolvimento de produtos, preparação para investimento e financiamento para startups e empresas. Inclui ainda instrumentos como o Cheque Digital, o Banco da Juventude e da Mulher, as Bolsas Sikabadu e incentivos previstos no Startup Act CV.
A cerimónia de lançamento, realizada no Centro de Incubação do TechPark CV sob o lema “Inovação | Inclusão | Impacto”, contou com intervenções de líderes governamentais e parceiros internacionais.
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