Em 2024, a Fundação Maio Biodiversidade (FMB) consolidou o seu papel na preservação ambiental e no desenvolvimento sustentável da ilha do Maio, investindo 85.119.238 escudos cabo-verdianos. Este investimento, diz a direção da FMB, foi fundamental para promover a conservação dos recursos naturais e o desenvolvimento económico local.
Por: Any Gomes
Uma das grandes vitórias da FMB foi a criação de 343 novos postos de trabalho na ilha do Maio, abrangendo diversas faixas etárias e géneros e contribuindo para a redução do desemprego e a melhoria das condições de vida da comunidade local.
Além disso, 5.136 pessoas participaram em ações de conservação e sensibilização, evidenciando o crescente apoio e a conscientização da população sobre a importância da preservação ambiental.
A FMB também obteve um financiamento significativo para a implementação de 12 projetos, apoiados por entidades como o BIOPAMA, Arcadia, Fauna & Flora International, e a União Europeia, e que incluíram monitorização da biodiversidade, formação de agentes de conservação e ações comunitárias.
Em termos de infraestrutura, a aquisição de uma nova sede, no valor de 33.079.500 escudos, representou um marco crucial para a organização, melhorando a sua capacidade operacional.
Além da parte estrutural, a FMB investiu em diversas frentes de conservação. No campo da biodiversidade marinha, foram monitorizados tubarões, tartarugas e raias, com destaque para o tubarão-gata, que representou 79,1% dos registos. A Baía de Porto Cais foi um dos principais focos, com a observação de 232 indivíduos de diversas espécies marinhas.
Em termos de sensibilização e educação, a FMB promoveu várias campanhas de limpeza, palestras sobre poluição marinha e o título de Reserva Mundial da Biosfera, workshops sobre reciclagem e colónias de férias. Essas iniciativas visaram aumentar a conscientização sobre a preservação ambiental, envolvimento das comunidades locais e promover práticas de economia sustentável.
A organização também implementou ações de capacitação e empoderamento das associações de pesca locais, fortalecendo a conexão entre a comunidade e a conservação marinha.
O programa de monitorização de habitats marinhos seguiu com a recolha de dados essenciais sobre tubarões, corais, cetáceos e aves marinhas, com um foco contínuo em entender e proteger a biodiversidade local.
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