
O Presidente da República, José Maria Neves, preside nesta segunda-feira, 19 de maio, no Salão Nobre da Assembleia Nacional, a sessão solene comemorativa do Dia do Município da Praia, que este ano se assinala sob o lema “50 anos da Independência de Cabo Verde”. A Presidência da República diz que, ao participar nesta sessão, o Chefe de Estado reconhece “a elevada importância e o papel fulcral do poder local”.
A cerimónia evocativa, organizada pela Assembleia Municipal da Praia, é, tradicionalmente, um dos momentos mais altos e emblemáticos das festividades do Dia do Município da Praia, assim como a Celebração Eucarística, que se realiza três horas, na Igreja da Paróquia de São Filipe Apóstolo, situado no bairro de Achada São Filipe.
Na sessão solene, que começa ao meio-dia, além do Presidente da República, intervirão os representantes dos partidos políticos com assento na Assembleia Municipal – Manuela Brito, pelo MPD, e Aquiles Barbosa, pelo PAICV -, e ainda o presidente da Câmara Municipal da Praia, Francisco Carvalho, e a presidente da Assembleia Municipal, Clara Marques.
Praia di nos tudu
Espera-se discursos assertivos e de reflexão sobre os desafios que se colocam ao município da Praia, como a mobilidade interna, a infraestruturação e habitação, o saneamento e a segurança pública e privada. A solução, ou, as soluções para estes problemas, passará pela partilha de responsabilidades entre Governo central, poder local e munícipes, segundo a presidente da Assembleia Municipal da Praia.
Recentemente, em entrevista ao Voz do Archipelago, Clara Marques afirmou que é preciso que os praienses se apropriem “um pouco mais dos seus bairros e da cidade da Praia, no seu todo. Pois, ainda é um grande desafio que todos pensem na Praia como uma cidade boa para se viver”. Ademais, “temos ainda que aprender a respeitar os outros e isso não depende só das autoridades policiais e camarárias”.
Para Clara Marques, “as igrejas, associações cívicas, as comunidades, as escolas e, sobretudo, as famílias devem dar educação aos seus membros, para que haja esse interesse e respeito pelo bem-estar do outro. A educação não se aprende na escola, na escola adquirimos conhecimento, mas saber estar e saber ser, aprende-se no seio da família”.
Festival da Gamboa celebrou os 50 anos da independência nacional
O Festival da Gamboa 2025 terminou quando já eram 7h30 de domingo, 18. Foi a 31ª edição do certame, marcada por uma celebração vibrante da música cabo-verdiana, unindo diferentes gerações de artistas num espetáculo vibrante.
O evento deste ano, que também celebrou os 50 anos da independência nacional, decorreu sob o lema “Pensar para agir e agir para poder pensar melhor”, homenageando os heróis nacionais.
O segundo dia do festival foi aberto pelo artista Rhaíz, que pisou pela primeira vez o palco do Gamboa. O artista reconheceu o desafio de ser o primeiro a atuar, mencionando que a responsabilidade de iniciar um evento desta magnitude pode ser complexa.
No entanto, Rhaíz afirmou que o seu show foi “espetacular”, destacando a energia contagiante do público. “A minha intenção é sempre transmitir uma energia positiva e fazer as pessoas sentirem essa vibração”, partilhou.
Rhaíz, que também conquistou a audiência com o seu cover em crioulo de “4 Kampe”, uma versão que se tornou bastante popular, destacou a importância de reinventar músicas de sucesso. “Gosto de buscar desafios e inovar. Transformar uma música já conhecida exige coragem, mas também traz reconhecimento e engajamento”, explicou a artista.
Entre os artistas veteranos, Mário Lúcio também marcou presença nesta edição histórica do festival. O músico e escritor confessou ter ficado surpreendido e ligeiramente nervoso ao receber o convite, considerando que o palco da Gamboa é hoje dominado por uma nova geração de artistas.
“Mesmo com as mudanças de gerações, é bom ver que as pessoas continuam a apreciar as minhas músicas”, afirmou, sublinhando que o público respondeu de forma calorosa à sua atuação.
O Festival da Gamboa 2025 terminou assim com um balanço positivo, reforçando a importância da música como ponte entre gerações e como expressão cultural que une o passado e o futuro de Cabo Verde.
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