Esta exposição nasceu do desejo de Émilie Silva, uma advogada franco-cabo-verdiana e dirigente da associação Les Arts Voyagent, de dar uma nova visibilidade à rainha da morna na capital francesa quase 14 anos após a sua morte.
“Foi uma ideia muito natural para mim. Cesária Évora é a artista mais famosa de Cabo Verde e eu achei que esta artista não tinha aqui em França o mesmo reconhecimento que já teve. E queríamos fazer-lhe uma grande homenagem, porque ela merece”, declarou Émilie Silva em entrevista à RFI.
À rádio francesa internacional a franco-cabo-verdiana contou ainda que contou com o apoio da antiga ministra Elisabeth Moreno, também de origem cabo-verdiana, que serviu de ponte com a Câmara Municipal de Paris. “Tivemos depois acesso ao grande arquivo fotográfico de Cesária Évora e depois fomos avançando sobre as temáticas da sua vida”, explicou Émilie Silva.
Para orientar esta exposição, Egídia Souto, professora de Literatura e História de Arte de África na Universidade Sorbonne Nouvelle, ajudou a construir um percurso baseado na história de Cesária Évora, mas também nas suas características única.
“As temáticas na exposição impuseram-se naturalmente, porque, no fundo, era uma imagem também que queríamos mostrar da Cesária e mostrar, sobretudo, que ela é uma mulher do povo e que ela levou com ela a imagem de Cabo Verde”, explicou à RFI Egídia Souto, co-comissária da exposição com Solene Vassal.
Fotografias: Teófilo Chantre
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