Inspirada na obra “Clave – Monument to Slavery”, do artista plástico Alex da Silva, a exposição, que fica patente a partir das18h30, também incorpora influências da arte japonesa, conhecida por capturar a melancolia e a intensidade da condição humana.
Cada traço e cada camada de tinta nas obras de Nuno M. Martins são descritos como gritos silenciosos, um coro de vozes que a história não conseguiu silenciar. Os corpos, com toda a sua dor e beleza, tornam-se instrumentos de denúncia e celebração, evocando a humanidade em sua forma mais crua e poética.
“Os Corpos Fazem Coro Quando Não Têm Voz” convida os visitantes a escutar o inaudível, a ver o invisível e a sentir o peso e a leveza das experiências humanas. É uma homenagem à luta, à libertação e ao poder transformador da arte, que transforma dúvidas em força e resistência em criação.
Nascido em Lisboa em 1974, filho de pais cabo-verdianos, Nuno M. Martins cresceu imerso na vibrante cultura do Mindelo, absorvendo as cores, os ritmos e a riqueza da tradição crioula desde jovem. A sua formação nos Estados Unidos, em um ambiente culturalmente diverso, não só moldou a sua visão artística como também aprofundou a sua paixão pela poesia.
Hoje, Martins é reconhecido pela sua capacidade de conectar culturas e expressar de forma única a sua identidade crioula, combinando elementos visuais e poéticos para criar narrativas que transcendem fronteiras. A sua trajetória é um testemunho do poder transformador da arte, do retorno às raízes e do constante diálogo intercultural.
A exposição estará patente no Centro Cultural do Mindelo e promete ser um marco para os amantes da arte contemporânea, oferecendo uma oportunidade rara de testemunhar a intensidade e a profundidade da expressão humana através da pintura.
Copyright © 2025. Todos os Direitos Reservados.