
Assim, como outras ilhas do país, nomeadamente São Nicolau, Brava e Fogo, Maio está ser vítima do êxodo dos seus jovens, o que, aliado à falta de formação profissional para os que ficam, resulta na falta de mão-de-obra qualificada, sobretudo na construção civil e restauração.
Em entrevista à Inforpress, o empreiteiro Henrique Adrião, diz que a sua empresa tem enfrentado “dificuldades frequentes” por falta de profissionais com formação adequada, o que afeta diretamente o ritmo das obras. “Temos sentido falta de pedreiros com alguma qualificação, carpinteiros e canalizador, temos carência de eletricistas e até de motoristas, o que acaba por condicionar, por vezes, o andamento de obras”, lamenta Adrião.
A situação não é diferente no sector do turismo, admite o empresário Ricci Matia, especificando que a escassez de mão-de-obra afeta tanto o atendimento como a restauração. “Há uma fuga de jovens do Maio e os poucos que ficam nem sempre estão preparados para as exigências do mercado”, alega Matia.
Segundo a Inforpress, perante este cenário, algumas empresas têm apostado na formação interna dos seus colaboradores locais, como forma de suprir as lacunas. Outras optam por recrutar trabalhadores noutras ilhas, como Santiago, uma prática cada vez mais comum na construção civil. Um exemplo é a empreitada da nova gare marítima do Maio em que a maioria dos recrutados é oriunda de fora da ilha.
Os empresários questionados pela agência de notícias nacional pedem que, urgentemente, se aposte na formação profissional local, através de cursos em áreas técnicas e operacionais, o que, do seu ponto de vista, ajudará a diminuir a taxa de desemprego entre os jovens maienses, que, conforme dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), ronda os 25,5 %.
Fonte: Inforpress
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