Em uma nota de imprensa, o responsável pela saúde na ilha pediu à comunicação social uma “melhor abordagem e tratamento de informações sobre saúde”, para evitar criar pânico na população.

“É necessário ter melhor abordagem no tratamento de informações sobre a saúde que, quando tratadas sem rigor e fora do seu contexto, podem ter efeitos negativos e provocar estigmas na população”, afirmou, referindo-se a um jornal online que noticiou, de forma descontextualizada, a infeção de 50 pessoas na ilha por HIV.

Elton Cruz explicou que a ilha regista, em média, de um a dois novos casos de HIV por ano, e que o número de 50 infecções corresponde a um acumulado de mais de 20 anos. Ele também destacou que a situação epidemiológica da ilha segue a tendência nacional, com uma prevalência geral de 0,6%, sendo 0,7% nas mulheres e 0,4% nos homens.

Atualmente, decorre na ilha o programa “Somos pela Saúde”, que tem levado informações sobre o HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis para toda a população, além de realizar despistes e combater o estigma associado à doença.

O delegado de saúde reafirmou a importância de uma abordagem “responsável e coerente” na luta contra o HIV/Sida, ressaltando que a comunicação social tem um papel fundamental em analisar as melhores formas de combater o estigma e a desinformação sobre o tema.