No próximo sábado, 26, o Centro Cultural de Cabo Verde (CCCV), em Lisboa, acolhe a mesa-redonda “Batuku — Da proibição ao valioso contributo para o nascimento da Nação cabo-verdiana”. Será um momento de reflexão e valorização desta prática ancestral que marcou a história e a identidade cultural do país.
Por: Any Gomes
A iniciativa contará com intervenções dos investigadores e dinamizadores culturais Crisálida Correia e Moisés Varela, bem como com uma participação especial das Batucadeiras Finka Pé, que irão enriquecer a sessão com a sua experiência e arte. O evento conta ainda com a banca Falas Afrikanas, que disponibilizará livros dedicados ao batuque.
A mesa-redonda visa destacar o papel do batuku como expressão de resistência, solidariedade e inclusão comunitária, não só em Cabo Verde, mas também na diáspora, mostrando como esta tradição secular foi sendo transmitida, sobretudo entre mulheres, mas sem excluir os homens. Será também exibido o filme “Marina”, de Ricardo Leote, que narra a história de vida de Marina Vaz, uma das batucadeiras mais antigas de Cabo Verde. O documentário, produzido pela editora Nôs Raiz, dá voz à “Vovó Marina”, que, aos 87 anos, partilha as lutas, anseios e conquistas do batuque ao longo de séculos.
O evento terá início às 16h30, no centro cultural em lisboa, buscando debater sobre o género musical tradicional de Cabo Verde, Batuku, que uma vez comparado com os outros géneros musicais de Cabo Verde, o batuque estrutura-se no canto-resposta, e é o único que apresenta uma polirritmia.
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