A bailarina Suila Lima e a cantora Yacine Rosa representam Cabo Verde na residência artística internacional “Resistência e Afirmação Cultural”, que teve início na última quinta-feira, 21 de agosto, em Maputo, Moçambique. A iniciativa reúne mais de 14 jovens criadores emergentes de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
Durante três semanas, os participantes irão criar, experimentar e partilhar vivências artísticas, culminando num espetáculo multidisciplinar marcado para o dia 12 de setembro, no palco do Centro Cultural Moçambique-China. O espetáculo integrará teatro, música, dança e poesia, envolvendo mais de 50 artistas, entre os residentes e outros moçambicanos que asseguram a produção técnica e a componente musical.
O projeto “Resistência e Afirmação Cultural” tem como objetivo investigar e reinventar manifestações artísticas surgidas no período de libertação colonial dos PALOP e de Timor-Leste, bem como durante as lutas antifascistas em Portugal, promovendo uma releitura crítica da produção cultural.
Organizada pela Associação Cultural Scala, em parceria com a Khuzula, a residência recebeu mais de cem candidaturas de artistas dos sete países participantes. O produto final será filmado e integrado na plataforma digital CASA, uma biblioteca virtual de artes performativas dos países envolvidos.
A iniciativa é coordenada pela Associação Cultural Scala, em Moçambique, com o apoio do PROCULTURA, programa PALOP-TL e União Europeia, financiado pela União Europeia e cofinanciado pelo Camões, I.P. e pela Fundação Calouste Gulbenkian. Conta ainda com o apoio estratégico do Ministério da Educação e Cultura de Moçambique e da Rede de Centros Culturais Portugueses nos PALOP.
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