11ª Ilha

O acordo permite ao IANCV aceder a todo o acervo cinematográfico cabo-verdiano guardado pela Cinemateca Portuguesa, assegurando o cumprimento da legislação sobre direitos de autor e direitos conexos. Segundo José Maria Borges, presidente do IANCV, o protocolo vai reforçar competências que Cabo Verde ainda não possui, nomeadamente a nível de digitalização.

A parceria prevê a formação técnica e especializada de profissionais do IANCV nas instalações da Cinemateca Portuguesa, com o objetivo de criar uma equipa capaz de instalar, operar e manter um arquivo audiovisual moderno em Cabo Verde. O documento estabelece ainda a digitalização de obras cinematográficas relevantes e o envio dos ficheiros digitais ao IANCV, garantindo a preservação e o acesso seguro ao património fílmico nacional.

O protocolo contempla também a realização de ações conjuntas entre as duas instituições, incluindo exibições, programas culturais e exposições temporárias e itinerantes tanto em Cabo Verde como em Portugal. A dinamização de sinergias e a partilha contínua de conhecimento, informação e materiais de investigação sobre o património cinematográfico fazem igualmente parte desta cooperação.

O documento foi assinado por José Maria Borges, presidente do IANCV, e Rui Machado, diretor da Cinemateca Portuguesa, na presença do ministro da Cultura e das Indústrias Criativas cabo-verdiano, Augusto Veiga, e da ministra da Cultura portuguesa, Margarida Balseiro Lopes.

A assinatura formalizou uma relação de colaboração já existente entre as duas entidades. Antes da cerimónia, foi exibido um documentário sobre a erupção do Vulcão do Fogo em 1951, com melhoramento sonoro feito em 1984 e digitalização concluída em 2023.